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Faixa de isenção do IR deve subir para R$ 2.640 com novo salário mínimo

A faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) deve subir para R$ 2.640, com o aumento do salário-mínimo que deve ser oficializado no dia 1º de maio, de acordo com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.

O valor equivale a dois salários mínimos no valor de R$ 1.320, que deve ser o valor anunciado na ocasião.

Apesar disso, a mudança deve chegar no bolso dos brasileiros só no ano que vem devido ao prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda.

Imposto de Renda 2023
Nesta terça-feira (14), a Receita Federal anunciou que o prazo para entregar o IRPF é entre 15 de março e 31 de maio. A Receita deve revelar as novas regras da declaração deste ano até o final de fevereiro.

Em campanha no ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu aumentar a faixa de isenção do IRPF para R$ 5 mil. O ministro do Trabalho, já chegou a afirmar, porém, que esse aumento será gradual ao longo de todo o mandato, e que haverá um acréscimo mais tímido neste ano.

O presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), Mauro Silva, avalia que “qualquer reajuste na tabela do Imposto de Renda é um alívio”, mas que o valor de R$ 2.640 “não deixa de ser frustrante por ser um ajuste modesto”. “Se esperava o cumprimento da promessa de campanha de isentar um maior número de contribuintes”, afirma.

De acordo com a Unafisco, a tabela de isenção do Imposto de Renda está defasada em 148%. A última correção da tabela aconteceu no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, mas ainda assim não foi uma correção completa.

Se fosse corrigir completamente a defasagem da tabela do IRPF, o governo teria que subir a faixa de isenção para R$ 4,7 mil, próximo dos R$ 5 mil propostos em campanha por Lula.