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Drex: 41% da população brasileira deve aderir produtos financeiros virtuais

O Banco Central (BC) planeja introduzir a nova moeda digital brasileira, conhecida como Drex, entre o final de 2024 e início de 2025.

Anunciada em agosto, a intenção da autoridade monetária é garantir a inclusão da população no ambiente financeiro virtual, oferecendo um produto seguro, livre de fraudes como esquemas de pirâmide e sem os problemas de falta de regulamentação, tornando-o menos suscetível a atividades ilegais como lavagem de dinheiro e extorsão.

Para se ter ideia, em 2022, apenas 36% da população brasileira tinha algum tipo de investimento em produtos financeiros. A expectativa é que esse número aumente em pelo menos cinco pontos percentuais, principalmente após a plena implementação do Drex.

Criptoativos
A Moeda Digital do Banco Central (CBDC) brasileira é o resultado de seis anos de estudos. Atualmente, mais de 425 milhões de pessoas em todo o mundo investiram em mais de 22 mil ativos criptográficos existentes. Destes, aproximadamente 3,2 milhões são brasileiros, de acordo com a Receita Federal.

O Bitcoin é a criptomoeda mais famosa e amplamente utilizada, tendo sido a primeira a surgir no mercado após a crise imobiliária de 2008. Calcula-se que existam atualmente 210 milhões de investidores nessa criptomoeda, representando mais de 50% do mercado global de criptomoedas. Outras moedas notáveis incluem Ethereum, Tether (USDT) e USDC, que estão vinculadas ao dólar norte-americano.

Todas as criptomoedas operam em um sistema de blockchain, que é um registro compartilhado que facilita o rastreamento de transações e garante segurança criptográfica contra alterações não autorizadas.

No entanto, o sistema das criptomoedas não é imune a ataques de hackers, como evidenciado por casos recentes de perdas milionárias. Além disso, as criptomoedas também podem ser vulneráveis a bolhas financeiras, nas quais os investidores compram ativos a preços inflados, levando a quedas abruptas e prejuízos.

Por outro lado, as CBDCs, como o Drex, operam em um sistema próprio com regras que garantem segurança, privacidade e legalidade das transações. O Drex será uma moeda oficial gerida pela autoridade monetária.